Quando deu por si já o Metro havia passado a paragem pretendida, o que o fez sair na seguinte e esperar o próximo para voltar atrás. Sorriu enquanto esperava, recordando como ela o tinha conduzido ternamente pela mão duas portas mais além no corredor levando-o para o seu quarto. Estremeceu, sentindo ainda o fremor da paixão das horas que se seguiram. Serenou, lembrando-se como adormeceram nus enroscados um no outro. Focou o seu olhar, admirando o corpo perfeito dela adormecido e abandonado quando acordou com um pregão solto na rua. Lembrou-se do cheiro dela quando lhe deu um beijo na testa e se despediu ao ouvido dizendo-lhe baixinho: “Até logo. És linda”.
Campo Grande. Saiu da estação rumo à luz e ao verde ali próximo. Anteviu desde logo várias capas negras em pequenos grupos conversando ou tocando. Reconheceu alguns dos seus a quem se dirigiu.
- Ora seja bem aparecido, Vossa Excelência! – Exclamou o “Letras” de sobrolho franzido – estávamos a ver que te tinhas perdido. Espero que o caminho não tenha sido demasiado longo!
- Foi, pá. Muito mais longo do que possas imaginar. Mas já não está na hora de ir comer alguma coisa? É que estou com uma fome de cão. Desde ontem que não ponho nada à boca. Vamos?
- Vamos lá, então. Daqui a nada começa o rally das tascas, ou lá o que é…
FIM (... do episódio, é claro)
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3 comentários:
Ó amigo Átila.. esteja à vontade... faça as pausas que bem entender ;)... Gostei muito da "estória"... Muito... como dizer... Própria dum Tuno... ehehehehehe....
Abraços do equídeo ;)
Essa história de passar à frente da melhor parte, essa prolepse do politicamente correcto, não está com nada!
O tipo vai partir para acção e depois acorda-se no dia seguinte? tstststs
Vá, cá ficamos à espera de novos desenvolvimentos!
Gostei muito!
Ó Pena, estavas à espera de quê depois de os protagonistas demorarem meia hora a subir dois lanços de escadas e às escuras???
Abraços!!!!!
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